Lyrics
Ela é estranha,
lendo o Zohar na relva
do Campo de Santana.
Se acaso eu pisar na grama,
ela me experimenta.
Ela me experimenta.
Sabendo que é apenas ruiva,
sabendo que a morte é certa,
ouvindo meu rádio atenta.
Enquanto o volume aumenta,
ela ajeita a antena.
Ela ajeita a antena.
Dizendo que amor é entrega
com a voz de uma moça cega,
dos olhos da cor da sombra.
Andando no sol da Urca,
ouvindo o rumor da praça.
Ouvindo o rumor da praça.
Ela é uma escorpiana
que tem uma aura rosa,
que é vinho quando ela reza,
que é verde quando ela goza.
Na esquina da Graça Aranha
ela é estranha.
Ela é estranha.
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